o sol num movimento desaguadouro
derrama-se, esmaece,
entardece em matizes rosa ouro...
Instantes de sonatas primas notas
de afinizados acalantos em reza calma,
lírico canto a ninar a alma...
Deito o olhar no horizonte
a perguntar qual o mistério?
Esclareça, revele, me conte...
Os sonhos são vontades
premeditadas, desejos etérios?
Ou são realidades ocultas
da ilusão concreta num limiar
a voarem livres e soltas...
Ah, entardecer que me recolho...
Ah, quieto fugaz momento
que abraço e me completo
de silêncio silencioso
de lonjuras repleto!
Nesses iniciantes dias de setembro...
imagem: google